O Núcleo Museológico do Palácio de São Lourenço, fortaleza do século XV, classificado como Monumento Nacional em 1943, contém artes decorativas, portuguesas e europeias, e retratos reais, provenientes quer do fundo antigo do próprio palácio, quer por transferências de palácios nacionais dos séculos XVII, XVIII e XIX. Igualmente interessante é a galeria de retratos reais, da qual se destaca o retrato de D. João VI, pintado por Joaquim Leonardo da Rocha, que teve grande atividade na Madeira.
Por uma determinação de D. Manuel I, Rei de Portugal, foi decidida a construção de uma fortaleza em 1513, cuja conclusão se verificou no período filipino. A denominação “Palácio de São Lourenço” reporta-se a um conjunto monumental que compreende a fortaleza e o palácio propriamente ditos, os salões do andar nobre, que datam do último quartel do século XVIII, e os jardins.
Este edifício foi residência dos Capitães Donatários do Funchal até ao período filipino, sede da força castelhana permanente nesta ilha até 1640, e residência de Governadores Capitães-Generais, designação que prevaleceu até à implantação do governo constitucional em 1834, tendo o Arquipélago da Madeira passado, a partir de 1835, a ser administrado por Governadores Civis.
A partir da instituição do sistema autonómico, em 1976, a zona anteriormente ocupada pelo Governador Civil tornou-se a residência oficial do representante da República para a Região Autónoma da Madeira.