Museu Quinta das Cruzes

O Museu Quinta das Cruzes enquadrado numa das quintas com maior tradição histórica do Funchal, ligada à família dos primeiros capitães donatários, uma vez que foi nestas imediações que a mesma estabeleceu a sua segunda residência. Permaneceu na família Câmara até meados do século XVII, transitando para a família Lomelino até finais do século XIX.
Esta propriedade sofreu várias alterações ao longo dos séculos transformando-se, a partir do século XVIII, numa emblemática “Quinta Madeirense”.
O Museu da Quinta das Cruzes abriu ao público em 1953, reunindo a coleção inicial de artes decorativas de César Filipe Gomes, um colecionador madeirense.
É composto pela antiga residência dos Morgados das Cruzes, pela Capela de Nossa Senhora da Piedade e por um belíssimo jardim que inclui o Orquidário e o Parque Arqueológico (construído a partir de elementos arquitetónicos provenientes de demolições de vários edifícios).
Podemos encontrar neste museu vários objetos de arte, mobiliário português e estrangeiro, na sua maioria inglês, bem como diversas peças de ourivesaria, joalharia, cerâmica e escultura.
Entre as várias peças de mobiliário expostas neste espaço destaca-se a coleção de influência inglesa “Chippendale”, Hepplewhite e Sheraton, bem como um conjunto de peças de mobiliário português do século XVII, também conhecido pela designação “caixa de açúcar”, elaborado a partir de madeiras exóticas importadas sobretudo do Brasil, no período áureo da economia da ilha, resultante da produção açucareira madeirense.
O segundo núcleo, de porcelanas, subdivide-se em porcelana europeia e oriental. Na porcelana europeia saliente-se as peças de Meissen, Saxe, Limoges, Bristol, Davenport e Vista Alegre. Na porcelana oriental são de referenciar, especialmente, as peças chinesas de encomenda, ditas “da Companhia das Índias”, da dinastia Qing.
No conjunto, poderá contemplar ainda uma coleção de obras de arte indo-portuguesas e mais genericamente luso-orientais com exemplares de Goa de meados do século XVII e XVIII ou um contador Namban, japonês, de finais do século XVI.
Na escultura, o destaque deve dar-se ao conjunto de figuras de presépio de barro produzidas em Portugal, sobretudo no século XVIII, com relevo para algumas de provável produção local na mesma época. De referir ainda o retábulo flamengo de Bruxelas dos finais do século XV.

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