A década mais quente

Se o corpo se tem queixado do tempo frio destes últimos dias, o clima nem por isso. Bem pelo contrário. Com 2020 a marcar recordes de máximos de temperaturas e extremos climatológicos. A década que agora encerrámos foi mesmo a mais quente desde que há registos (1931). Com o presente século a guardar quatro dos dez anos mais tórridos de sempre. Um fenómeno irreversível.

A essa conclusão chegaram os climatologistas do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) no seu boletim para o ano de 2020. Com a ressalva de serem dados ainda provisórios, trabalhados até dia 15 de dezembro. E que nos dizem que “a década 2011-2020 será a mais quente desde 1931 em Portugal continental”.

Mas há mais recordes em 2020. Com fevereiro, maio e julho a registarem as temperaturas máximas do ar mais altas desde que há registos (+3,5ºC, +4,4 ºC e +4,6ººC, respetivamente). Aliás, em 12 meses, apenas em dois se registaram anomalias negativas (temperaturas mínimas do ar em junho e outubro).