O ofício de violeiro, que atingiu o seu apogeu na segunda metade do século XIX, primeira metade do século XX, tem, hoje, no Mestre Carlos Jorge Pereira Rodrigues, um dos seus representantes.
Braguinha ou machete, rajão e viola de arame são instrumentos de cordas dedilhadas que fazem parte da nossa identidade cultural. um violeiro tem, nas suas mãos, o poder de construir a casa da música: é marceneiro, entalhador, embutidor, polidor; é mestre e é mágico.
Carlos Jorge Pereira Rodrigues é um dos violeiros desta cidade. Foi cofundador da “Oficina de Instrumentos Musicais”, no Conservatório de Música da Madeira. Em 1992, instala-se na Rua dos Frias, com a ajuda de António Rodrigues. Esteve aí 21 anos, fundando, depois, a “Oficina”, na rua da Carreira. é aí que dá corpo a violas de arame, rajões e braguinhas, bandolins e outros cordofones. Hoje, passa o testemunho ao Henrique João, seu filho, a quem ensinou o gosto pela construção de violas. A tradição não corre, assim, o risco de se perder.Exposição até 10 de Janeiro no Centro de Estudos de História do Atlântico